À RAINHA DO MADEIRA
As águas do Madeira, reverentes,
osculam teus barrancos, tuas matas,
deslizam sobre ti turvas correntes
que vêm desde as andinas cataratas.
Regalos para corações ridentes,
os troncos, peixes, botos acrobatas
invadem as retinas, tomam lentes...
Por isso e muito mais tu me arrebatas!
Decanto-te as feições, nutro a ledice
de quem, aqui nascido, vê cenários
merecedores desse e doutros preitos.
Amada Porto Velho, se não visse
de perto essa beleza, imaginários
presumo que seriam imperfeitos.
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Mais um canto à minha terra.