Quando vibrares lento o sino do amor

Quando vibrares lento o sino do amor,

na catedral d'alma lacrimosa...

Quedar-se irá o choro, e também a dor,

no báratro sereno d'alegria venturosa.

Vai erguer a tua torre sempre alta,

num vergel de lírios e gardênias...

Embalando pelos ares à sonata,

onde outrora se ouvia a triste nênia.

Como à noite que o dia vê morrendo,

morre ela,vendo ele,outra vez também nascendo...

E a mágoa sob este alampadário...

Como os astros que padecem no etéreo,

céu deserto que parece um cemitério,

morre envolta, ó amor, em teu sudário.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 05/02/2019
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