Quando vibrares lento o sino do amor
Quando vibrares lento o sino do amor,
na catedral d'alma lacrimosa...
Quedar-se irá o choro, e também a dor,
no báratro sereno d'alegria venturosa.
Vai erguer a tua torre sempre alta,
num vergel de lírios e gardênias...
Embalando pelos ares à sonata,
onde outrora se ouvia a triste nênia.
Como à noite que o dia vê morrendo,
morre ela,vendo ele,outra vez também nascendo...
E a mágoa sob este alampadário...
Como os astros que padecem no etéreo,
céu deserto que parece um cemitério,
morre envolta, ó amor, em teu sudário.