MOTIM (soneto)

No fundo da minha poesia, clamor

E ouço apertos e queixas sangradas

Milhões de aspirações sepultadas

Imaginações submergidas na dor

Às vezes, um vazio, palavras caladas

Mas, de repente, um tumulto estertor

Rangendo dentro do peito a compor

Devaneios, desdando ilusões atadas

Cortejos, motins: uivos e ácido luto

No castigado papel... broto e renovo

Em fermentação, dum estro bruto...

E há na intuição, de que me comovo

E no coro da inspiração que escuto

A magia do espírito num versar novo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Janeiro de 2019, final - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/MRYaG2H157g

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 31/01/2019
Reeditado em 31/01/2022
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