Tocando o céu
_” Não consigo tocar o céu!” Dizia,
A criancinha em sua ingenuidade.
As mãos erguidas para a infinidade,
Daquele céu que a tantos desafia.
A frustração nos olhos, a agonia,
Da incompreensão dessa realidade;
O gesto puro de inconformidade,
Ao perceber a sua mão vazia.
Assim é cada ser no seu conflito,
Erguendo as suas mãos para o infinito,
Querendo tatear a imensidão.
Em sua ignorância não percebe,
Que a insensibilidade é que lhe impede,
De ver o céu ali, na sua mão!