NUNCA MAIS NÓS DOIS
De repente, um vulto se alongou na estrada,
E, lá muito longe, desapareceu,
Deixando um sonho que se feneceu,
Uma parca esperança no peito calada,
Um grito abafado que no ar se perdeu,
Um nó na garganta, a voz embargada,
A dor do silêncio... A vista turbada
E a sensação de que tudo morreu...
Sumiu-se o sol, o chão se abriu,
Lágrimas que correm num rosto sombrio,
Augurando a penúria que virá depois...
E nada que fica realmente importa
Na paisagem triste, vazia e morta,
Já que nunca mais seremos nós dois...