O Restaurador
Em gratidão a tudo que me deste
Desde a ternura que me pediu
Como a terna terapia do cipreste
E tudo que cabe neste meu vazio
Refaço hoje elos tão perdidos
Que eu mesmo desfiz as trelas
Malogrado, tempos diluídos
Sem antídotos para as sequelas
Escombro, passado desmontado
Fiz ruir, a quem sou grato?
Remonto o futuro do passado
Oleiro de tijolo incauto
Negligente, quando teve o tempo
Frágil arquiteto do contratempo