Devaneio

Acordado mergulho no devaneio

Recordando-me do mar de lágrimas poentes

Que de meus olhos jorraram com tal dor

Que parecia sangue vertendo da escuridão

Adormecido nos minutos inacabáveis

Acolhido pelas sedas e mares agonizantes

Esquecido pela felicidade que marcava horas

No relógio dilacerador dos pesadelos

Assustado, lanço-me sobre a frieza do chão.

Mergulho nas sombras de um canto qualquer

Esquecido de amor em minh’alma

Levanto-me e olho no deslumbre da madeira

A lembrança que me rasga o peito

E me fará chorar a vida inteira.

Rafael Ruiz Zafalon de Paula
Enviado por Rafael Ruiz Zafalon de Paula em 30/01/2019
Código do texto: T6562901
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