Soneto da dor
Vislumbro na solidão
Sacrifício pleno e doloroso
Ode ao amante corajoso
Que se derrama na imensidão
Olhos rasgados em unção
Abraço sincero e murmuroso
Sulco singelo e amoroso
Neste fraco e triste coração
Jamais tornar-se-á estancada
Ferida doce e amargurada
Oleandro atraente ao relento
Que adormeça minh’alma calada
Lacrimejante quão amada
Em meu olhar, o descontento.