[Vigésimo-oitavo soneto de saudade]
Eu sou um homem atormentado
Por um grande amor ausente
Pelo medo do futuro, pelas dores do presente
E pelos fantasmas do passado
Meu coração não vê mais alegria
Sou como um peixe no anzol
Faça chuva ou faça sol
Seja noite ou seja dia
Tenho uma maldição
Que carrego
No peito
Mas não me entrego
Mesmo que essa dor não tenha jeito
Pois ainda tenho muito o que andar por esse chão...