Um soneto e algumas considerações - A Tereza Lima
SENTINELAS
Fazem perguntas... Já não sei respostas.
Para dizer palavra, qualquer uma.
Luto com o Silêncio sempre a postos
- Sentinela das palavras nenhumas.
Palavras surdas e palavras mudas
Me observam dos livros, das paredes.
Esqueceram os segredos mais fundos
E deles me pedem chaves, as chaves...
Não as tenho mais, só baús trancados
Tão sem sentido, por fora, por dentro
Tal a tarde, sentinelas de nadas
Tal a noite, só estátuas de tempo
Nas manhãs, suas vozes de lamento.
Iludem? Preenchem? Anestesiam...
Amigos: Tentando voltar após um ano. Nesse meio tempo publiquei como e-livro o "Sonetos no Outono de 2018" (Se alguém tiver interesse, só baixa-lo), uma e outra coisinha no Mural e em novembro um dos sonetos do livro. Por sinal vi que havia vários comentários para o soneto publicado... Não tive forças para responder a nenhum, perdoem-me.
Bem... Hoje, trouxe mais um soneto do livro.
Nota. Ontem (acrescentando o ano de silêncio) completei 11 anos de Recanto.