Soneto diante de uma tragédia
De repente, Brumadinho sob lama,
Numa sexta-feira, que era bem calma,
Dessas em que preparamos a alma
Para a alegria do fim de semana.
Repentinamente, a mídia nos chama,
E nos comunica um enorme trauma,
Desnudando a quem com imensas palmas
Da Vale o sucesso tanto proclama.
O que se vê é um vale de mortes,
Ceifando de tantos o grande sonho
De batalhar, de granjear melhor sorte...
De não esmorecer, buscando um norte...
Mas com o Brasil, sofrido, aqui me ponho
Rogando a Deus que a quem chora conforte.