CORTINAS FECHADAS
Trafego pelas horas infinitas
bordadas nos confins de corredores
em que despejam, olhos sofredores,
enxurros caudalosos de desditas.
Nas alucinações sorris, volitas,
acalmas meus soluços, meus plangores,
tracejas um vergel sobre os horrores,
aquele das fragrâncias favoritas...
A vívida paisagem me agrilhoa,
enreda o coração e o galardoa
com um banquete alígero... Que pena!
No afã de te abraçar, quando desperto,
encontro a imensidade de um deserto
no leito onde a paixão saiu de cena...