REJEITOS
REJEITOS
Miscelânea de lama onde se perde
Árvores, animais, plantios, gente...
Todos sendo tragados simplesmente
Em outra onda marrom por sobre o verde.
A beleza da terra ninguém herde
Em face da riqueza indiferente:
Um fim de mundo vindo de repente
Enquanto inopinados ao valverde!
Jazem agora sob mil toneladas
Tantas vidas de súbito levadas
Por aquela dantesca massa fluida.
Só nos resta entre os restos dos rejeitos
Fazer ver quem imerso em seus conceitos
A computar bilhões mais se descuida...
À margem do Paraopeba - 26 01 2019