[Vigésimo-quarto soneto de saudade]
Oh, inferno de vida!
Oh, dias amargos!
Maldito seja o fardo
Da nossa despedida
Essa dor latejante
Que me rasga em sangue o coração
E me atira sem piedade ao chão
Dói mais a cada instante
Maldito seja aquele adeus
Que um dia ouvi
Dos lábios teus
Maldito seja o agora e o aqui
Dos gritos agonizantes meus
Maldito seja Deus!