Reviro-me
Reviro-me nesta cama vazia e sem aconchego.
Dentro da destemida noite, apenas sustentos.
Compondo canções hilariantes e sem coesões
Enquanto os meus renovos fitam tua imagem.
Sobre o criado-mudo empoeirado impenetrável.
Lembranças apagadas pelos reflexos do tempo.
Ainda assim: circunstancias dentro do teu vulto
vazio. Sem nada a oferecer ao meu coração frio.
Em orbitas rodopiantes fogem meus adágios
Sorrateiros induzindo meus desejos extintos
E frios. Numa constante incrível e desocupada.
Diante dos meus olhos vejo-te em meio a luz
E aos fantasmas que assombram meus caminhos
Que seguem num protocolar nebuloso e saudoso.