Temporais Infinitos
Meus olhos ofuscados pelo luzir da vida
me mostram as noites de vento e chuva.
E alma doce: amarga e desiludida
se estende pela verdejante áurea curva.
Vendavais de ilusões germinam, choram
fincando uma cruz de ferro no tisico horizonte.
E aquelas dores de lembranças que imploram
para esquecer as lágrimas cerradas no monte.
E eu crendo que o mar é imenso e infinito
floresce num idílico trovejar de fantasias
com seu azul temporal, crucial, lascivo.
Meus olhos buscam o explendor mais bonito
da existência de um ser com páginas vazias:
o eu cândido alvorecer de poeta jáz vivo.