Lua de sangue mística

Já não sangrava assim a doce lua

E já não ficava assim o meu olhar,

Vendo o teu rubro sangue escorregar

Na tua pele mística, branca, nua.

Por Deus, me afasta a sede de vampiro!

Esconde o cheiro forte do teu sangue,

Porquanto eu sinto o corpo todo langue

Destarte, eu tenho o fôlego languido.

Esconde com pudor teu carmesim,

Pois esse teu vermelho me arrepia,

Se mais inda amarei vermelha assim,

Me parecendo o sol no fim do dia,

Enquanto o meu olhar firme, te espia,

Batendo um coração dentro de mim.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 24/01/2019
Reeditado em 24/01/2019
Código do texto: T6558532
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