Aos Ventos
A voz do vento venta as vozes, viva,
Às margens mansas de marés morosas,
Barcos banham-se com bandeiras brancas,
Rompendo os rumos, as redes e as rotas...
A luz da lua, lépida e (lasciva),
Povoa os portos - pescas predadoras,
Enquanto esgotam-se essências estranhas,
Nas ondas orquestradas e opressoras...
A voz das margens banha-se de rosas,
Levando perfume, estrelas e olhares
Onde estremecem os pactos lendários...
Rumos de barcos nas manhãs viçosas,
Olores exalam-se – Prisma e luares
Aos ventos ...mares, brisas e rosários...
Gigio Jr (Novos Poemas - 2007)