ESTUPIDEZES
ESTUPIDEZES
De tanto eu ignorar os ignorantes
Em suas más censuras e misérias,
Busquei palavras fortes-porém-sérias
No intuito de poetar-lhes tal como antes:
Meus versos, muito embora circunstantes,
Não trago a recrear ócios pelas férias
Dos que enchem co'a maldade das pilhérias
Toda sorte de tédio dos errantes!
Eles estão em erro, mas pensando
Que acertavam a mão de vez em quando,
Em criticar-me excessos ou bobagens.
Resta-lhes murmurar enquanto passo,
Estúpidos que são de quanto faço,
Como a lhes ofender minhas vadiagens.
Betim - 23 01 2019