"TERRA SECA."

Me não sejam-vos críticos ao pobre poeta,
Apenas por humilde na razão do sentimento
Saudade que de quanta que no peito extremo afeta
Na terra que se triste e ressecada, aquecimento.

Soneto que de puro nostálgico calor do frio,
Sufoca se de outrora mágoa que por me lembrar
Das poças que das chuvas juntavam-se pelos trios
Prazer passar por dentre as poças e me lamear.

As chuvas fracassando nem enchentes vejo mais
Do mar água aquieto, sobe o mar; nem percebem,
Se grande na extensão aos olhos torna impossível.

Saudade poça terra encharcada, não verão jamais.
Por quente que se está as chuvas batem no chão não escorrem
Apenas filmes, poças, seca-nos à visão.

Barrinha 23 de janeiro de 2019
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antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 23/01/2019
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