ESTA LIRA DE MIM!... * O Romantismo revisitado
Quando eu morrer, meus olhos cerrarás,
p’ra sempre, com teus dedos de veludo.
No sono, sem espada nem escudo,
terei o que não tive em vida --- a paz.
No tempo sem retorno, irei cantar
aos astros, que terei por tecto e manto,
apenas o desgosto do meu canto
teu sono breve já não embalar.
Talvez o vento frio das nortadas,
que há-de soprar nas noites de invernia,
te traga a perdição daquele dia
nas minhas mãos inertes e geladas.
E saberás então que nem o fim
se abate sobre ti e sobre mim…
José-Augusto de Carvalho
7 de Julho de 2009.
Alentejo * Portugal