[Segundo soneto de saudade]
Rastejo pelas ruas
Sangrando
E de vez em quando
Passo em frente a casa sua
Aquele portão me traz lembranças
Tão doces e belas
Quanto qualquer céu de aquarela
Ou de quando eu era apenas criança
Meu coração não será solto das trevas
Enquanto você
Não voltar
Quem sabe um dia você possa perceber
Que ao meu lado é o seu lugar
Até lá, até o vinho envelhecerá, se estragará, mas meu amor por ti se conserva...