IMAGENS E SONHOS NA MEDIDA DO TEMPO
Juliana Valis




Não meço meus sonhos pelo vento 

Efêmero e incerto da insensatez, 

Sonho se mede pelo sentimento 

E pelo próprio enigma do que a vida fez... 



Tampouco meço dádivas pelo valor do mundo, 

Minhas nostalgias são, quiçá, distantes, 

Dádiva se mede pelo amor profundo, 

Além de toda dor, em lágrimas gritantes... 



Meu verso, portanto, é medida de mim, 

É medida de nós em cada trecho da alma, 

E, sem calma, meu sonho transcende meu fim ! 


Ah, estrelas lídimas de cada verso breve, 

Queria tê-las aqui na mão, na palma 

Do amor que exulte no verso que me escreve !


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