NO NUDE DE TODAS AS CORES
Oxalá rodopiássemos num todo palco iluminado!
Onde a dança das verdades realçasse vera intenção,
Que ao passo da igualdade não soasse a falsidade
Dos que aqui só se comprazem com as dores em profusão.
Oxalá num verso primo fosse a explícita evidência
Tão apenas a ausência dum olhar devastador,
Fosse o breu dos bastidores que coreografa diferenças
Prontamente realçados em uno milagre acolhedor…
Que a doce bailarina fosse um anjo indivisível
Pelos passos do compasso só sua arte em devoção!
Não houvesse segmentos ao seu palco aludidos
Onde toda a Humanidade gira em mesma direção.
Eu queria um verso nude em fragmentos reunidos…
Onde houvesse toda cor que rima puro coração.
Nota: Hoje esse soneto me foi prontamente inspirado ao ouvir uma notícia curiosa, sobre o motivo que levou ao lançamento de novas cores de sapatilhas de bailarinas.
Um ato de profundo sentimento e reflexão DO TODO, portanto.