SEM RESPOSTAS

Nessas horas de sonho em que penso
estar tudo distante de mim,
em que olho pro céu e ele é denso,
e na boca há um gosto ruim...

Nesses fins de semana vazios,
nos chamados da ave-maria,
quando a alma contém os seus rios,
vendo a noite que já principia...

O que faço com a solidão,
com a voz a guardar-se calada?
Com meus olhos procurando em vão

tua sombra, lá no fim da estrada
percebendo que a espreita é em vão,
que me resta chorar, e mais nada?

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