QUEM ÉS TU?
Mauro Pereira
Tu deves ser a sombra que ameniza
o fogo deste sol, que sempre arde.
O vento que sacode e se faz brisa,
nos galhos e ramagens, pelas tardes.
Tu deves ser a onda que desliza,
nas areias das praias, sem alarde.
A chuva que desaba e fertiliza
o chão, onde a semente o campo invade.
Tu deves ser o ente mais sublime,
que a natureza, por ciúme, esconde!
A quem eu chamo e grito, e não responde.
Em meio à bulha de meus versos surdos,
vou versejar pra teus ouvidos mudos,
enquanto um sopro de viver, me anime.
Patos, 12/02/2014