TREVAS INCESSANTE

O manto da noite cai sobre minha cabeça,

Num frêmito incessante de tormenta.

Hás de tocar-me, até que de ti embeveça;

Minh'alma em trevas num canto lamenta.

Uma prece sufocada em minha mente

Esmagando o meu fragilizado coração;

Vou morrendo aos poucos... Lentamente!

O breu que dissipará em fervorosa oração.

Meu corpo cai no chão frio do cemitério

Lamentos sangrando em minha carne,

Revelando ao mundo, antes o mistério...

Essa cicatriz que lateja ainda em meu peito;

Dor de morte, dor de amor. Hás de sarar...

Apagando lembranças dum sonho desfeito.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 17/01/2019
Código do texto: T6552948
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