Ante a paisagem airosa eu divago
Ante a paisagem airosa eu divago;
Desenterrando coisas boas e ruins,
O respectivo acerto e cada estrago,
E nos meios que justifiquei os fins.
Mas ciente que isso soa tão vago,
Que tudo sempre finda e se renova,
Árvores, folhas, flora e todo lago,
Flagelar-se é imersão prévia à cova.
Diz-se que a fé move montanhas,
Contudo, talvez não possua tanto,
Para realizar semelhantes façanhas.
Todavia, quando caio, logo levanto.
Mesmo que o cotidiano fique súcio,
Quando confuso, só leio Confúcio.
T. S. Sevla