Soneto do amor incerto
Dentro do quarto sob o vento frio
Procuro, em vão, pelo teu rosto lindo
E vejo aos poucos meu mundo ruindo
A incendiar meu coração vazio.
Eis que me invade um semblante bravio
E eu me levanto me destituindo.
Saio do canto, cantando, sorrindo,
Enxugo o pranto e reforço meu brio.
Por entre os cantos da casa isolada
São tantos passos, tantas emoções!
E os nossos laços pela madrugada
Se desatando em vis desilusões...
E Eu vou pensando nessa longa estrada:
Não tem mais nada em nossos corações?