Paisagem

PAISAGEM

Napoleão Valadares

A serrania que se não descreve

tinha, mais altos, dois rochedos meio

ensolarados e imponentes (leve

inclinação), que eu avistava em cheio.

Embaixo, o vale – vastidão sem freio –,

que deve os homens encantar e deve

encantar deuses, pôr em devaneio

os que o contemplam, num enlevo breve.

Em meio à luz, um fundo escuro (havia

umas baixadas). E a luz novamente

tomava conta da amplidão. Eu via

uma floresta num pequeno monte,

depois uma descida e, logo à frente,

quebradas, uns relevos e uma fonte.

(Recebi via e-mail este belo soneto do amigo poeta, romancista, contista e cronista Napoleão Valadares. O autor é natural de Arinos (MG), reside em Brasília e pertence a várias instituições de cultura, dentre elas, a Associação Nacional de Escritores com sua sede em Brasília e da qual foi presidente em três gestões)

Napoleão Valadares
Enviado por Onofre Ferreira do Prado em 13/01/2019
Reeditado em 26/05/2019
Código do texto: T6550069
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