O Pruído dos Dedos
Limbo; Insustentável sensação...
Não sei se assim acontece contigo
Mas assim, sempre acontece comigo:
Querer escrever até sangrar a mão.
Pra mim, acima de tudo isto é estranho
Pois sempre fugi da cina de poeta
Firmando este e outros bons sonhos de canto,
Começando e então rasurando a tela.
Preso num loop de sentido frustrante,
Urge-me o falso destino distante
- Ser ou não ser um poeta! é o teu Ilídio...
Nas rasuras, rabiscos me vicio,
Não sei quem eu sou, nem para que eu sirvo
Mas grito aflito, "SOU MORTE OU SUICÍDIO?"