NO CANDELABRO DO SOL

No candelabro do sol sobram pontos cardeais

É o que a natureza nos trás neste lindo arrebol

A flora renova a seiva pássaros cantam felizes

No cais do porto circulam donzelas e meretrizes.

A vida tem seus matizes padece instabilidades

Em cada sociedade buscamos sermos felizes

Temos muitos incômodos a desfazer diretrizes

Mas somos premeditados para curar cicatrizes.

Não há causa sem efeitos nem amor sem perdão

Se tem dever tem direitos numa mesma proporção

E há sempre uma demanda para insubordinações.

Para ser um cidadão cumprimos todo um rito

Somos fontes de conflitos é assim a humanidade

O desapego a esta vida nos remete a eternidade.

PUBLICADO NO FACE EM, 05/01/2019

LUSO POEMAS, 05/01/2019