MINHA DEPRÊ ( mentirinha)
Ando esquecido de mim, por demais,
minh'alma triturada em pensamentos
busca o lume dos teus olhos, corre atrás
de um novo fado e, em vão, lamento.
O amargo que me deu a Vida, esse tormento,
esse desgosto e essas dores tão fatais;
numa penúria cruel, como um detento,,
busco, insano, fugir das ilusões, mas são reais!
Devo arrastar esses grilhões pontiagudos
de tranças que o amor prisão me trama
ou assanhar a chaga da mordaz saudade?
Devo achar no céu mortal clemência em tudo
ou orar pelo pecado, o sangue que derrama
no meu peito? Só da morte herdarei felicidade!