Ele é o buril, a burilada e o próprio burilador.

O Espírito encontra o tempo e adiante avança

Inscrito na espiral cíclica da imortalidade,

Sábio com a idade dos tempos já vencidos

E jovem em face dos tempos por vencer.

Desloca-se na velocidade do pensamento e,

Mais rápido que a luz, vence distâncias siderais.

Dobra e desdobra o espaço a um só comando mental

E transita entre as estrelas, num faixo de luz.

Como viajante estelar, revela-se, antes, socrático,

Um sabedor que mais não sabe do que sabe,

Um conhecedor paulatino de si próprio.

Singelo e sem conhecimento na origem, burila-se,

Gravando em si mesmo traços de perfeição,

Burilados sucessivos, fortes e suaves.

Le Oliva
Enviado por Le Oliva em 30/12/2018
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