"Post mortem".
Este é o fim e pertence a ti mesmo sem mais acréscimo.
Não te surpreenda da claridade que te rodeia.
Ou, mendigo de luz, da escuridão que te cerceia.
Este é o começo e pertence a cada um sem decréscimo.
Todo fim é um começo, em vivência espiralada.
Vivendo, aprende sem revolta e ama sem paixão,
Sirva humilde e mescle sapiente afeto com razão.
Clareie-te a ti mesmo e se faça, então, alma iluminada.
Melhor sábia aquela que se atém ao fundamental.
"Post mortem" ciente ao sobreviver, não mais alma trépida,
Medrosa e hesitante numa deriva existencial.
Categórica no bem, transcende a conduta tépida;
Corajosa e confiante numa rota ascensional,
Firma ao final desta existência: Sem mais, Alma Lépida.