"Post mortem".

Este é o fim e pertence a ti mesmo sem mais acréscimo.

Não te surpreenda da claridade que te rodeia.

Ou, mendigo de luz, da escuridão que te cerceia.

Este é o começo e pertence a cada um sem decréscimo.

Todo fim é um começo, em vivência espiralada.

Vivendo, aprende sem revolta e ama sem paixão,

Sirva humilde e mescle sapiente afeto com razão.

Clareie-te a ti mesmo e se faça, então, alma iluminada.

Melhor sábia aquela que se atém ao fundamental.

"Post mortem" ciente ao sobreviver, não mais alma trépida,

Medrosa e hesitante numa deriva existencial.

Categórica no bem, transcende a conduta tépida;

Corajosa e confiante numa rota ascensional,

Firma ao final desta existência: Sem mais, Alma Lépida.

Le Oliva
Enviado por Le Oliva em 29/12/2018
Reeditado em 11/03/2019
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