Arpejo.
Soprado o hálito da vida na terra umedecida,
Beleza e ordem pautam o orbe em tessitura fundida
Nos minerais, de força mecânica material,
Pelas energias cinética e gravitacional.
À força mecânica se ajunta a vitalidade
Nos vegetais e animais em alta diversidade.
Como acordes distintos na música da existência,
Dentre graves e agudos, evoluir marca a regência.
Soergue-se um animal mediano e de lume inteligência,
Um hominídeo que sabe que sabe, de consciência
Contínua e criativa, aprendiz da vida sustentável;
Uma “linha na teia da vida”, em discurso lendário,
Que ao decifrar a melodia do ambiente planetário
Decifrará a si mesmo como arpejo harmonizável.