As brumas - soneto
As brumas mesmo frias e trazendo sorrisos.
Osculam suavemente meus pés nas odisseias
Que faço por esta beira de aguas remansas
A cativar meus olhos que se abafam na areia.
Meu aconchego é caminhar por este litoral
Aberto levando minhas quimeras envoltas
Em sonhos deslizando pelas ondas e canções
Fazendo meus sentidos e quimeras sorrirem.
A flutuarem na imaginação do tempo aguerrido
Que suavemente voa também em busca de folhas
Para fazê-las dançar no ritual frenético da poesia.
Que enciumada balouçam as folhas atirando-as
Sobre as névoas que em festa se desfazem na areia
Num ritual anunciado pela bela natureza que anima.