O MEU NASCIMENTO

O MEU NASCIMENTO FOI UM CRIME A SÉRIO,

FOI UM CRIME A SÉRIO EM TER NASCIDO…

NUNCA TIVE CORAGEM DE SUICIDAR, ‘STOU P’RDIDO,

AINDA SOU GOZADO, NESTE MEU IMPÉRIO.

O MEU PASSADO, ME ENVERGONHA, QUE DESPAUTÉRIO!

O MEU PRESENTE ME DESGOSTA, COMO VIVI,

O MEU FUTURO ANDA MESMO MUI ESQUECIDO, (1)

O QUE FAÇO AQUI? VIVO NESTE IMPROPÉRIO.

QUEM VIVE DE DESGOSTOS, SOFRE IMENSO,

MAS NA REALIDADE É ISTO QU’EU PENSO,

É UM MARTÍRIO, UM SUPLÍCIO, UMA DESILUSÃO.

VIVO DUMA REFORMA, SÓ COMO E DURMO, AFINAL,

SE NÃO FOSSE EU LER MUITO E ESCREVER, SERIA O MAL,

NÃO QUERO QUE A SOCIEDADE ME DÊ A RAZÃO.

ANTÓNIO LUÍS (TÓLU)

SEXTA-FEIRA, 28/12/2018

TÓLU
Enviado por TÓLU em 29/12/2018
Reeditado em 27/01/2019
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