Entre brumas.
Indivíduo singular em existência plural,
O espírito encarnado, aqui, ali, adiante e mais além,
Faz-se épico viajante em jornada triunfante (amém).
Todo fim é um recomeço no ciclo vital:
Na espiral cíclica de sucessivas existências
Vive e revive, sobrevivendo, sobremaneira,
À mortalidade fugaz, numa sequência ordeira.
Reencarnando para progredir e sanar pendências,
Espírito desencarnado algures segue errante,
Confrontando-se sem o escudo da carne ocultante,
Face à própria treva da soberba ou luz da decência.
Revive, entre brumas de nublada recordação,
Memória imortal brumada de esquecimento são,
Usufruindo a alma em novo corpo com outra aparência.