FALECIDA...

Que pena, minha amiga, que partiste

Levada aos infortúnios do torrão

Coberta com tuas flores no caixão,

De pálida beleza, negra, triste...

A morte, essa megera, tanto insiste

Roubar-nos o mercúrio da emoção

A luz que em nós acende o coração

E tudo que é alegre, de bom existe!

E agora, ao reparar-te a alma vazia,

Deitada eternamente, à revelia,

De tudo que passou em tua vida,

Eu choro em meu silêncio uma agonia

Prevendo-te descer à lousa fria

Ainda moça, jovem e falecida!....

Arão Filho

São Luis-MA, 26 de dezembro de 2018.