Um dia hão de pôr me num caixão
Um dia hão de pôr me num caixão
Será uma gloriosa despedida
U'a atenção que não tive em toda a vida
Em um contraste a minha amarga solidão
Consternados sobre a fúnebre oração
Hão de prantear a minha partida
A minha alma nunca foi tão querida
Tal em minha descida aos sete palmos do chão
Receberei com honra o melhor jazigo
Daqueles que nunca foram meus amigos
Dos que aos poucos me deixaram morrer
E agora morto e tudo acabado
Virão aos bandos me render cuidados
Como se houvesse ainda algo a proteger