Foi em algum lugar entre a felicidade
Foi em algum lugar entre a felicidade
e a curva de uma estátua altiva e milenar
que perdi meu amor pelas águas do mar
e passei a querer me humilhar na verdade.
Minha vida deixou de ser arte, a vontade
hoje tem endereço e o vai alcançar,
e o metro, ele não cabe ao que quero expressar
pois minha impaciência vive a mocidade.
O verso voltará a ser beijo ou nunca mais
o beijo deixará de ser o único verso?
Como me afundar rindo em pélago de sais?
A arte requer amor ao que há de mais perverso,
mas antes minha abelha a qualquer dor mordaz!
Ser jovem, ó poeta, é ser emerso.
25/12/2018
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27/12/2019
Edição: "uma" torna-se "qualquer", no penúltimo verso.