Valente.

E impelida a migrar, muda a alma de paragens:

Face atenta a curiosas arquiteturas,

Animada para singulares alturas,

Transforma em versos diversos personagens.

E transitando nas diferentes paisagens,

Como em páginas de boas literaturas,

Percorre reinos de variegadas culturas.

E, destemida, atravessa terras selvagens:

“Na savana aberta, aridamente feroz,

Ou na mata fechada, densamente atroz,

Vi a mim mesma como verdadeira algoz.”

E segue errática, mas sem erro insolente.

Humilde, a alma desbrava a si mesma, valente,

Face ao devir de herdar a si mesma, luzente.

Le Oliva
Enviado por Le Oliva em 25/12/2018
Reeditado em 25/12/2018
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