Valente.
E impelida a migrar, muda a alma de paragens:
Face atenta a curiosas arquiteturas,
Animada para singulares alturas,
Transforma em versos diversos personagens.
E transitando nas diferentes paisagens,
Como em páginas de boas literaturas,
Percorre reinos de variegadas culturas.
E, destemida, atravessa terras selvagens:
“Na savana aberta, aridamente feroz,
Ou na mata fechada, densamente atroz,
Vi a mim mesma como verdadeira algoz.”
E segue errática, mas sem erro insolente.
Humilde, a alma desbrava a si mesma, valente,
Face ao devir de herdar a si mesma, luzente.