ILHARGAS...

Quando a tarde desmaia e se arrefece

O Sol entristecido atrás do monte

Caindo atrás da linha do horizonte

Esvai-se rumo à noite e então fenece...

As sombras se derramam em mil benesses

E invadem os recônditos, as fontes;

E cobrem as águas doces, rios, pontes,

Mergulham a terra toda em lindas preces...

E dentro de minh’alma em vaga dança

Acende um tênue raio de esperança

De ver chegar o amor com emblemas sanos...

E olho outra vez pra ver bonança

Querendo acreditar que o amor avança

Atado nas ilhargas dos humanos!...

Arão Filho.

São José de Ribamar-MA, 24 de dezembro de 2018.