PRESA VOLUNTÁRIA DO HEDIONDO

Acordo em um domingo lento e morno

E saio a garimpar qual todo dia

Ocorre-me a produção do Braga-forno

Encontro o véu de “Aracnopoesia”

Atrai-me a luz da cena ainda fosca

A morte é natural e inda me toca

Até por perceber que aquela mosca

É o hediondo vate Carioca

Ciente do perigo sigo às cegas

E vejo catatônicos colegas

Estupetafos presos pela mente

Me junto à vasta teia de leitores

Aplaudo em derradeiros extertores

Os versos que conquistam toda gente

(Preso a teia da “Aracnopoesia” da brilhante poetisa Yeyé Braga.)

A SEGUIR A MAGISTRAL INTERAÇÃO DO MESTRE SONETISTA fcunhalima:

ARACNÍDEOS VERSOS HEDIONDOS

Uma aranha em meu jardim passeia,

Procura sua presa entre flores,

Seus tentáculos, garras dos horrores,

Levando o alimento à sua teia.

A presa, ante a morte esperneia,

Soltando os seus últimos estertores,

O cinza e sangue se mistura em cores,

Enquanto a luz do sol nos encandeia.

Aracnídeos fazendo poesia,

Fogem da noite vindos para o dia.

Na teia inda estremece o maribondo.

O verso Bragantino e Carioca,

Enquanto o mestre Stelo nos convoca,

A escrever soneto hediondo.

Fcunhalima

(Visite a página de Yeyé Braga, a primeira a puxar a teia.)

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Stelo Queiroga
Enviado por Stelo Queiroga em 24/12/2018
Reeditado em 24/12/2018
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