PRESA VOLUNTÁRIA DO HEDIONDO
Acordo em um domingo lento e morno
E saio a garimpar qual todo dia
Ocorre-me a produção do Braga-forno
Encontro o véu de “Aracnopoesia”
Atrai-me a luz da cena ainda fosca
A morte é natural e inda me toca
Até por perceber que aquela mosca
É o hediondo vate Carioca
Ciente do perigo sigo às cegas
E vejo catatônicos colegas
Estupetafos presos pela mente
Me junto à vasta teia de leitores
Aplaudo em derradeiros extertores
Os versos que conquistam toda gente
(Preso a teia da “Aracnopoesia” da brilhante poetisa Yeyé Braga.)
A SEGUIR A MAGISTRAL INTERAÇÃO DO MESTRE SONETISTA fcunhalima:
ARACNÍDEOS VERSOS HEDIONDOS
Uma aranha em meu jardim passeia,
Procura sua presa entre flores,
Seus tentáculos, garras dos horrores,
Levando o alimento à sua teia.
A presa, ante a morte esperneia,
Soltando os seus últimos estertores,
O cinza e sangue se mistura em cores,
Enquanto a luz do sol nos encandeia.
Aracnídeos fazendo poesia,
Fogem da noite vindos para o dia.
Na teia inda estremece o maribondo.
O verso Bragantino e Carioca,
Enquanto o mestre Stelo nos convoca,
A escrever soneto hediondo.
Fcunhalima
(Visite a página de Yeyé Braga, a primeira a puxar a teia.)
.