NO TEATRO DO DIA A DIA
Sempre será assim, o amor e o ódio,
Na vida caminham de braços dados,
Atuando, agora e no passado,
Nas cenas tristes de um mesmo episódio.
Noutra novela, alegria e tristeza,
No mesmo palco também se revezam,
Como dois amantes que se desprezam
Mas que a vida juntou na mesma mesa.
Neste teatro onde todos somos
O respeitável público e o ator,
Há uma máscara que esconde a dor.
Com um riso falso de alegria,
Cada um de nós é um fingidor
No teatro do nosso dia a dia.
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Inspirado no soneto FIM DE ANO, do Poeta Carioca.