Soneto Quase Heroico À Insônia
Óh por favor! Tente me escutar...
Que horror minh'alma agora tristonha
Fez! pra ser punida com insônia,
E na mesma hora sempre acordar?
Que me impede, me faz despertar?
Responda! Grite ao conturbado ódio!
O que esconde o ardiloso relógio?
Por que eu não consigo repousar!?
Morto vivo as três horas sem alma
Tal Sísifo, seria esse o meu carma?
Poeta mudo, tentando versar.
Escuridão, latíbulo da alma
Punição, estímulo à alva carta,
Versos pávidos na noite calma.