MEU VETO

Ainda não conseguiram me prostrar

Além da minha própria conta e permissão

Mas como tentaram, sem nunca hesitar...

Contudo meu pranto é de difícil obtenção

Antes dele vi maravilhas de fácil coleta

Tive-as abundantes e vulgares

Quando nunca rogava-me por uma oferta...

Enquanto sumia gentilmente por outros mares

E como quis cortejar e celebrar a perfeição...

Como fui célere em armar verdades...

Como quis ascender sem qualquer afeição

Porém nada ficou de tão obtuso projeto

Apenas uma vontade torpe e esmigalhada

Rendida ao meu próprio veto

Caio Braga
Enviado por Caio Braga em 10/12/2018
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