TIRA POR TIRA....
Assombrado no tempo por tua lira...
Essa voz encravada em sedução...
Atingindo-me na precisão da mira...
Alvo fácil em transe ou em devoção.
Rasga o coro d'alma tira por tira...
Deixa a zelosa marca, arranhão...
Por deboche assim o sono me retira...
Apresentando de plano a escuridão.
Lá se vai a mente em cada espira...
Em cada volta a dor em nada expira...
Pensamento, sinônimo de lamentação.
Cá está meu corpo, agora em pira...
Teimando em dizer que ainda respira...
Enquanto contemplo as tiras pelo chão.