Surges no infinito
Surges no infinito, eu vejo, teu candeeiro,
alumiares aqui neste sagrado solo.
Onde tu vistes de muitos o derradeiro,
suspiro, findar-se, sob teus olhos.
Lágrimas, tantas angústias e mágoas,
passaram por estes campos...
Levadas por estas águas,
e embaladas pelo teu canto.
Escutas tua harpa os seres da noite,
que vagam por esta terra, de paz e açoite,
que andam por estes prados...
E sentes por dentro sangrar-te lhe indo,
o caminheiro, que andas ferido,
com teus punhais no peito cravados.